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terça-feira, 28 de janeiro de 2014

7 maneiras de manter a calma em momentos de crise



O líder do século 21 deve enxergar oportunidades em circunstâncias adversas

Glenn Llopis, em um artigo para a Forbes, deu dicas de como manter a calma em situações conturbadas e salientou a importância da compostura em um líder. Trabalhar com gestão significa lidar constantemente com mudança e renovação. Por esse motivo, no ambiente de trabalho, líderes devem, mais do que todos, manter a compostura. Eles precisam ter equilíbrio, agilidade e paciência para minimizar o impacto da incerteza. Preparação, maturidade e perspicácia, qualidades intrínsecas aos líderes, são percebidas na maneira como eles respondem a crises e aos demais tipos de pressão. 

A compostura de um líder é refletida em sua atitude, linguagem corporal e presença global. Com a evolução no âmbito dos negócios, foi visto que liderança não está apenas em elevar o desempenho e o desenvolvimento das pessoas, mas em fazê-las sentir segurança no ambiente corporativo. Nenhum colaborador vai se dedicar 100% à corporação se trabalhar sendo impulsionado pelo medo de perder o emprego.

O líder do século 21 deve enxergar oportunidades em circunstâncias adversas. Em vez de entrar em pânico, quando surpreendido com um contratempo, eles se aproveitam da compostura e do bom senso para encontrar as causas do problema e resolvê-lo imediatamente.

"Muitas vezes as crises resultam da falta de compostura" - Glenn Llopis.

Em tempos de mudança e incerteza, quando um líder apresenta qualquer sinal de imaturidade e falta de preparação, os funcionários se sentem inseguros e desprotegidos. Aqui estão sete maneiras de manter a compostura durante momentos de muita pressão, segundo o autor:

1. Não deixe que suas emoções assumam o controle

Gritar e se deixar levar pelas emoções em tempos difíceis é o menos indicado a fazer. Líderes experientes demonstram preocupação e cuidado, mas não ao ponto de deixar que as emoções se tornem uma distração. Eles são controlados e acostumados a não transparecer nervosismo.

2. Não leve as coisas para o lado pessoal

Caso os planos não se desencadeiem como foram concebidos, não leve para o lado pessoal. As decisões de negócios nem sempre são bem-sucedidas porque há fatores circunstanciais que interferem no processo.

Como líder, você deve manter a calma e lembrar que não precisa justificar suas ações. Quando as coisas são levadas para o pessoal, é difícil manter a compostura e fazer os demais funcionários acreditarem que você tem tudo sob controle.

3. Mantenha uma atitude positiva

As ações do líder estão sempre sob o olhar atento dos colaboradores, por isso, a chefia deve permanecer com uma atitude positiva, mesmo em situações temerárias. Assim sendo, crie uma dinâmica positiva para um ambiente de trabalho mais saudável e para manter os funcionários inspirados.

Uma atitude positiva pode neutralizar o caos e permitir que o líder mantenha-se focado.

4. Permaneça sem medo

Em períodos de crise, temer as circunstâncias desfavoráveis, além de aumentar nossa vulnerabilidade, faz com que deixemos de agir racional e objetivamente. Quando você entra em pânico, sua mente perde o foco. 

Projetar confiança é uma função do líder. Nos momentos de incerteza, sobretudo, ele deve permanecer destemido e passar seriedade - ao invés de fraqueza - para aqueles que lidera.

5. Responda decididamente

Se você mantiver compostura, nunca vai apresentar qualquer sinal de dúvida. Quem trabalha com líderes que se comunicam repassando convicção, confiança e autoridade, tem a sensação de que tudo está como deveria.

6. Assuma responsabilidade

Quando você toma a decisão de assumir toda responsabilidade, está agindo verdadeiramente como um líder. E é preciso ser bastante responsável para ter a iniciativa de adotar as medidas necessárias para resolver os problemas antes que a situação saia de controle.

7. Aja como se já tivesse estado lá

Grandes líderes sabem que um dos métodos mais eficazes de não perder a compostura ao enfrentar dificuldades é agir como se já tivesse passado por “isto” antes. Os donos de uma forte presença executiva tratam seus conflitos com elegância e naturalidade. Pela experiência que possuem, tendo solucionado inúmeros problemas similares, vão ser pacientes e compassivos com as inquietações dos servidores.

Durante tempos de crise e de mudança, é muito fácil perder a compostura e se deixar contaminar pelo medo e preocupações. E são essas situações que diferenciam os líderes dos demais. Líderes enfrentam os impasses com calma e controle; sempre de cabeça erguida.


segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Meio ambiente de trabalho - proteção ou monetização?



Para eliminação de riscos, o empregador tem que investir tempo e dinheiro na adaptação do ambiente de trabalho


A Constituição Federal, já no artigo 1º, consagra o valor social do trabalho como fundamento da República Federativa, o que demonstra sua importância perante toda a sociedade, já que além de meio de inclusão social é também uma das formas em garantir a dignidade da pessoa humana.
No artigo 7º, inciso XXII, o legislador constitucional quis garantir a melhoria da condição social dos trabalhadores urbanos e rurais ao elencar seus direitos sociais, dentre os quais destacamos a redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança.
Para preservar a dignidade do trabalhador, deve o empregador garantir seu direito à redução de todos os riscos inerentes ao trabalho: riscos físicos, químicos, biológicos, fisiológicos ou até psíquicos.

Quis o legislador proteger a saúde e a segurança do trabalhador, com a redução ou eliminação total do agente agressor. Caso isto não seja possível, o inciso XXIII do mesmo dispositivo constitucional prevê a possibilidade de adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas. Ou seja, o pagamento de adicional de periculosidade ou insalubridade serve apenas como indenização ao dano sofrido, caso não seja possível a redução do risco causado pelo agente agressor.

No entanto, é necessário destacar que o objetivo principal da lei é evitar ao máximo a existência de riscos à saúde do trabalho. Tanto é que, cessado o contato com o agente agressor, não é mais devido o pagamento de adicional de periculosidade ou insalubridade.

Deste modo, temos que ter em mente que a prevenção e eliminação prévia dos riscos deve ser privilegiada ao pagamento do adicional. E segundo a doutrina, existem quatro meios de prevenir riscos ambientais no trabalho: eliminação de risco, eliminação da exposição do trabalhador ao risco, isolamento do risco e proteção ao trabalhador.

A eliminação do risco é a medida mais radical e também a mais eficaz, na medida em que atua na origem, evitando qualquer possibilidade de dano ao trabalhador. Eliminar a exposição do trabalhador ao risco significa que apenas um mínimo necessário de trabalhadores estaria sujeito ao agente agressor e pelo mínimo tempo possível, já que não seria possível a eliminação total do risco.

O isolamento do risco seria a adoção de barreiras de proteção coletiva que possam vedar a propagação do agente agressor, protegendo toda a coletividade de trabalhadores de uma só vez. E por fim, a proteção individual do trabalhador é a adoção de equipamentos de proteção individual (EPI), meio que só deve ser usado quando não for possível a adoção dos meios anteriores. Isto porque é a estrutura do ambiente laboral que deve ser adaptada ao homem-trabalhador, e não o contrário.

A eliminação do risco deve ser sempre priorizada em detrimento da indenização ou monetização dos riscos do ambiente de trabalho. A Constituição Federal não quer incentivar o pagamento de adicionais de remuneração, quer sim garantir ao trabalhador um ambiente de trabalho equilibrado, salubre, livre de quaisquer agentes de risco.

Ocorre que a modificação do ambiente de trabalho é muito mais onerosa para as empresas do que o simples pagamento de adicionais de periculosidade ou insalubridade.

Para eliminação de riscos, o empregador tem que investir tempo e dinheiro na adaptação do ambiente de trabalho, na aquisição de equipamentos de proteção coletiva e no aprimoramento de seus procedimentos de trabalho a fim de evitar qualquer contato dos trabalhadores com os agentes de risco.

Outra dificuldade que a eliminação do risco encontra é a falta de conscientização dos trabalhadores, que acreditam ser beneficiados com o pagamento dos adicionais de periculosidade e insalubridade e com a possibilidade de aposentadoria precoce, ignorando os possíveis danos à sua integridade física e à sua dignidade.

Estas dificuldades só serão superadas com a educação e conscientização de trabalhadores e empregadores. Ressalte-se que a Organização Internacional do Trabalho (OIT) também determina que o pagamento de adicionais de indenização pelo contato com agentes de risco deve suceder as medidas de prevenção e eliminação desses agentes. A Convenção nº 155 da OIT estabelece normas e princípios de segurança e saúde de trabalhadores no meio ambiente de trabalho, direcionadas à adaptação do meio aos trabalhadores.

Ora, qualquer análise do ambiente de trabalho deve considerar o trabalhador como parte do ambiente, pois em verdade, para se garantir um trabalho digno, o meio ambiente de trabalho deve se adaptar ao trabalhador e não o inverso.

Para efetividade das medidas de proteção à saúde do trabalhador, para a concretização da vontade maior da Constituição Federal, é imprescindível a promoção da cultura de prevenção que deve se basear no equilíbrio do ambiente de trabalho e na qualidade de vida do trabalhador.

Promover a qualidade de vida é promover a educação para a saúde e o bem-estar, é promover mudanças de práticas e hábitos, é promover a conscientização sobre a necessidade de eliminação de riscos no ambiente de trabalho. É educar trabalhadores e empregadores para que fique claro que trabalho digno e qualidade de vida são consequências de um meio ambiente de trabalho equilibrado e livre de riscos.


Fonte: Administradores

sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Oportunidade não pode significar apenas oportunidade de carreira



Invista em sua carreira, não somente no emprego, para ter sucesso em longo prazo

O ponto mais alto da carreira não é equivalente ao cargo mais elevado que se pode alcançar na profissão. Mas, sim, a independência financeira. Para conquistá-la, o indivíduo deve ser educado para pensar e agir como um investidor. Entretanto, nossa cultura fomenta a ideia de que oportunidade significa, simplesmente, oportunidade de emprego.

Além disso, estamos há quase duas décadas sendo governados por partidos de esquerda, que reforçam ainda mais o emprego como a principal oportunidade de renda a ser criada para as pessoas. Não é! Infelizmente, a maioria descobre isso quando perde o emprego depois dos 40 anos ou se aposenta. É muito difícil manter o padrão de vida após esses eventos.

O congestionamento

Se todos pensam em ser o rei da montanha, o caminho até o topo fica congestionado. Por isso, quanto mais a carreira avança, mais complexa fica. São exigidos conhecimentos em gestão de pessoas, política, formação de alianças e estratégia. Além disso, é preciso muito instinto para identificar aqueles que não jogam pelas regras do jogo e fazer o que for preciso para ganhar deles também. Entretanto, nem todos estão dispostos a fazer esse caminho. Não é raro encontrar, em processos de coaching, pessoas que, ao perceber tudo que é necessário para ser o presidente da corporação, começam a mirar os cargos um ou dois degraus abaixo: vice-presidência e diretorias estratégicas.

O fato é que a maioria não sabe o que fazer com sua carreira, após certo tempo no percurso. Isso acontece porque, como mencionei, nossa cultura prepara as pessoas somente para ser empregadas. As pessoas precisam ser estimuladas a pensar fora da caixa e a encontrar outras oportunidades que não apenas um emprego.

Aprenda a investir

O mais importante é que os indivíduos têm de ser incentivados a investir. Quando a pessoa coloca todas as suas fichas somente no emprego, comporta-se como o investidor que coloca todo o seu dinheiro em uma única oportunidade. Quando esta dá errado, sua renda cai a zero. Entretanto, nossa cultura, avessa ao fracasso, coloca as pessoas em uma encruzilhada. Afinal, se investir errado, pode perder dinheiro – e ninguém quer perder nada.

Acontece que perder faz parte do aprendizado. Pois o verdadeiro investimento que alguém faz é em conhecimento. O indivíduo deveria ver o investimento como um jogo de basquete. No começo, erra 99 de cada 100 arremessos. Com o tempo, essa proporção começa a melhorar, e então chega o momento em que está acertando 51 de cada 100. Infelizmente, quando se trata de investimentos, a proporção é muito dolorosa. De cada dez investimentos, em geral, somente um será bem-sucedido. A tradução disso é: alguém que investe deve dividir seu dinheiro em dez partes e colocar somente uma delas em cada oportunidade.

Ouço, com frequência, pessoas dizerem que confiam no que estão fazendo e, por isso, investem 100% do que possuem. Quando perdem, perdem tudo. Não vejo nenhum cálculo que apoie essa atitude. Por isso que considero o emprego tão arriscado também, pois você está com 100% do seu tempo e de sua mente dedicados a uma única oportunidade.

Aprender a investir faz as pessoas compreender o desastre tributário que é o Brasil. E também pedir mudanças mais urgentes nesse tema.

O indivíduo deve se interessar por quatro classes de investimentos: metais preciosos, financeiros, imobiliários e negócios. Não existe investimento arriscado, o que existe é investidor arriscado. Aquele que não sabe em detalhes como funciona o investimento que realiza é um investidor desse tipo.

Quanto mais aprender o jogo dos investimentos, mais segurança terá, até para ser funcionário. Em minha experiência, os melhores empregados que encontro são aqueles que não dependem de seu salário para viver. Com isso em mente, fazem o que for preciso ser feito, sem medo de perder o emprego. São muito respeitados e, em minha opinião, estão no topo de suas carreiras.

Enfim, o mundo e as pessoas estariam em melhores condições se fossem alfabetizados financeiramente. Investir é o principal meio, se não o único, de o indivíduo educar-se nessa matéria, amadurecer e conhecer a dura realidade que é o mundo econômico, sem a falsa impressão de segurança que o emprego oferece. Vamos em frente!


Fonte: Administradores

quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

As empresas precisam de consultores que têm algo novo a dizer



O apoio de profissionais qualificados e com ideias inovadoras tem sido bastante procurado por pequenas, médias e grandes empresas

Hoje, as empresas têm em seus quadros funcionários capacitados, muitos deles com cursos de pós-graduação. Um consultor deve, portanto, ter à sua disposição mais ferramentas do que a empresa já dispõe. Ter experiência é fundamental, mas somente isto não basta. O consultor deve estar atualizado com novos modelos de análise, de processos e de tomada de decisão. Deve ter a visão voltada para o futuro, para as mudanças que poderão vir.

O processo de gestão de uma empresa torna-se a cada dia mais dinâmico, paradigmas são constantemente quebrados e pode-se dizer, de uma maneira bem objetiva, que decisões acertadas ontem poderão não mais surtir os mesmos efeitos hoje. Tanto a tecnologia quanto os processos estão em fase constante de melhorias.

Para tanto, é importante que o consultor acompanhe a evolução das novidades no campo de gestão de negócios, tendo acesso a artigos acadêmicos, a livros de gestão e de administração de negócios, a palestras de especialistas, a congressos, a debates, enfim, a qualquer demonstração de transferência de conhecimento e de atualização de conceitos.

Para quem queira se atualizar ou iniciar neste trabalho, O CEGENTE - Educação Corporativa oferece o curso Formação de Consultores onde se discutem o comportamento atual do consultor, a busca das empresas por processos inovadores, os novos desafios empresariais e novos modelos de gestão e de tomada de decisão. Acesse www.cursoformacaodeconsultores.com.br e participe também deste processo.

quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Como conseguir sucesso em um novo emprego?

Especialista compartilha dicas: não compare a nova posição aos trabalhos anteriores e busque dar o seu melhor desde o primeiro dia

Trocar de empresa e conseguir uma nova colocação no mercado de trabalho pode ser a chance de ser mais feliz e alcançar sonhos. Janaina Manfredini, coach da Effecta Coaching revela o que se deve ter em mente e como agir para transformar a nova oportunidade em sucesso.

Como começar bem em um novo emprego?
Se você está em um novo emprego quer dizer que passou por uma seleção e já foi aceito. É muito importante entender exatamente o que a empresa espera de você para que seja possível entregar mais que o combinado desde o começo. Se organize para dar o melhor de si desde o primeiro dia e mantenha isso para sempre. Outro fator importante é entender como o novo líder funciona e aprender a lidar com ele. Nem sempre ele é exatamente como se sonhava. Não porque ele não seja bom, mas porque a tendência é querer que todos sejam como nós, ajam e decidam como nós. Por isso é muito importante ter em mente que existem outras formas de agir e de pensar e que diferente não é pior ou melhor. Mas, sim, simplesmente diferente. Aprenda a lidar com o diferente. Esteja aberto para aprender, mesmo nas questões que você já se considere expert. É possível que você descubra novas maneiras tão eficientes quanto ou mais de chegar ao mesmo objetivo. Fique pronto e aberto para compartilhar conhecimento. Todos ganham com a troca de experiências, informações, conhecimento.

Quais atitudes devem ser seguidas?
Faça o melhor sempre na primeira vez. Se precisar de ajuda, fale. Se perceber que precisa melhorar seus conhecimentos em algumas tarefas, trate de procurar como. Pode ser dentro da própria empresa lendo os manuais de procedimento, com amigos que conhecem do assunto ou em cursos de curta duração. Mostre aos gestores que você está interessado. Pare de esperar que as pessoas lhe dêem todas as respostas e corra atrás. Esqueça os empregos anteriores e evite comparar.

Quais atitudes devem ser evitadas?
Tome cuidado com os colegas que comentam sobre as pessoas boas e ruins da empresa. Filtre tudo e deixe para você conhecer cada um através da sua perspectiva. Jamais fale mal de colegas. É preciso cuidado também com a tentação de formar panelinhas. Elas fazem você se sentir seguro, mas ao mesmo tempo passa uma imagem de imaturidade.

Como combinar a nova oportunidade com o sucesso financeiro e pessoal?
O sucesso financeiro e profissional é diferente para cada pessoa. É importante tê-lo definido previamente e se perguntar: quando vou me sentir bem sucedido? Se esse novo emprego faz parte do caminho para chegar lá, a possibilidade de você se sentir realizado é muito grande.



segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

As quatro iniciativas que você precisa para virar o jogo na carreira em 2014




Aproveite os primeiros meses do ano para substituir comportamentos e atitudes que não agregam por outros mais produtivos, para estar em paz com o trabalho no ano que se inicia
"Seja a mudança que você quer ver no mundo". A frase célebre é de autoria de Mahatma Gandhi. Parafraseando, podemos nós atuarmos também como a mudança que esperamos para a nossa carreira.

Começamos o ano fazendo desejos sobre como será 2014, do que iremos fazer para não cometermos os mesmos erros, ou melhor, para não deixar de fazer o que tem que ser feito.

Chegou o momento de intensificar a atitude com relação aos nossos planos para este ano. É uma ótima fase para promover mudanças na carreira e, encontrar emprego ou uma nova colocação. Agora é hora de investir em sua carreira.

Muitas empresas reestruturam seu quadro de funcionários no início do ano, vagas temporárias podem se tornar efetivas e empresas estão planejando as contratações e estipulando metas e resultados a serem alcançados nos meses que seguem. As portas estão abertas para que você consiga a vaga que busca ou aquela promoção tão desejada. A palavra de ordem é: Atitude! E para ter atitude é necessário definir um objetivo, onde queremos chegar. 

De certa forma temos clareza do que queremos e do caminho a ser trilhado, o maior desafio é conseguir colocar em ação o que pensamos e sonhamos para o nosso futuro. Enquanto especialista no desenvolvimento de pessoas compartilho com aos meus clientes de que o primeiro passo para evitarmos a sensação de não ter “saído do lugar” é a definição dos nossos objetivos, do que queremos e onde pretendemos chegar. A partir da definição dos nossos objetivos, o próximo passo é pensar em uma estratégia, que é o planejamento, a forma como vamos atingir os resultados esperados. Diante dos objetivos estabelecidos e de um plano de ação, o próximo passo é colocar em prática, isto é, agir.

Este é o passo mais difícil. Requer sair da zona de conforto e muitas vezes não queremos, pois é trabalhoso e necessita de muito envolvimento e determinação. O que fazer então para sair desta situação? Temos duas alternativas:

A primeira é agir como condutor e não como passageiro deste trem que podemos chamar de vida. Como diz o cantor Zeca Pagodinho em sua música: ‘Deixe a vida me levar...’. É bom ser conduzido, mas não basta apenas seguir a maré, temos que ter controle de nossas vidas e saber para onde estamos indo. Acredite, você precisa de um plano, de uma estratégia se quiser alçar novos voos em 2014. O ano será diferente se cada um de nós agir de forma diferente. É você que precisa mudar, a passagem de ano é apenas um estimulo para termos novos comportamentos.

A frase escolhida pelo poeta Guilherme de Almeida para o brasão da cidade de São Paulo muito bem exemplifica esse processo de estar no controle da própria vida: ‘NON DUCOR, DUCO’. ‘Não sou conduzido, conduzo!’.

E a segunda alternativa é buscar ferramentas que auxiliem no autodesenvolvimento, com foco no aprimoramento de competências, que vão possibilitar um desempenho superior e com isto o alcance de nossas metas.

Ter consciência de que tudo depende de nós é fator fundamental para quem busca sucesso e está diretamente relacionado com a nossa capacidade de adaptação às mudanças. A mudança é um processo onde vamos substituir comportamentos e atitudes que não nos agregam por outros mais produtivos. Mudança é evolução, crescimento, e para termos um ano diferente é imprescindível ter comportamentos diferentes.

Quais são os seus planos para o Ano Novo? Mudar de emprego, ser promovido, fazer um curso, morar sozinho, dar uma guinada em sua carreira, ser feliz, ajudar as outras pessoas... Seja qual for a meta, o importante é estarmos motivados para atingir os objetivos. Mas o que é motivação? Quando falamos em motivação, estamos nos referindo a uma força, uma energia que nos impulsiona para atingir o alvo determinado.

Muitas pessoas se dizem motivadas, entretanto diante das dificuldades e obstáculos do dia a dia, não conseguem manter a energia e se desestimulam. Temos que ter a persistência necessária para não desanimar e não deixar que as nossas crenças nos impeçam de seguir em frente. 
Quem de nós nunca ouviu a voz do ‘diabinho’ minando nossa atitude: ‘você não vai conseguir’, ‘isto não é para você’, ‘você é fraco (a)’ e, além de ouvir isto, o mais triste é que às vezes isto é falado por pessoas que nos são muito queridas, como familiares, amigos, colegas de trabalho - pessoas que estão presentes em nossa vida e que confiamos. Diante disso, muitos são os que se deixam influenciar e acabam desistindo de seus sonhos e os anos vão passando e quando tomamos consciência pode ser tarde demais.

Para ajudá-lo nesta nova empreitada, reunimos algumas orientações que podem auxiliar a atingir seus objetivos profissionais:

1. Avalie o seu currículo

• Está de acordo com seus objetivos?
• Se você estivesse no lugar do selecionador, te despertaria interesse em conhecer esta pessoa?
• Está atualizado? A impressão que se tem é de uma pessoa que investe em seu desenvolvimento?

2. Participação nas redes sociais

• Como está sua imagem na internet?
• Como está sua rede de contatos? A que grupos você pertence?
• Os seus contatos são apenas virtuais ou você se encontra face a face com as pessoas?

3. Melhore sua performance

• Que ações você tem feito para realizar um trabalho diferenciado?
• Você tem apresentado ideias novas, sugestões de melhorias?
• Está aberto para mudanças?

4. Invista em sua imagem

• Qual a imagem que você passa para as pessoas? De uma pessoa vencedora ou perdedora?
• O seu vestuário é adequado? Suas roupas passam a imagem de profissionalismo?
• Você sabe se portar em uma entrevista ou durante uma reunião?

Isto não é um teste, mas se fosse, sua pontuação estaria dentro do esperado?

Veja abaixo sugestões de como se posicionar nas questões elencadas:

• Independente de você estar empregado ou não, cuide de seu currículo, mantenha atualizado e faça uma avaliação de seus conhecimentos, experiência profissional, cursos realizados, fluência em idiomas, etc.. A partir desta avaliação você tem base para tomar a iniciativa de alavancar suas competências e buscar melhorias.

• Atualmente é importante que um profissional participe das redes sociais, entretanto, isto requer alguns cuidados: evite participar de grupos que não expressem suas convicções, não se exponha de forma demasiada, procure potencializar seu lado profissional e seus interesses com relação a sua carreira.

• A imagem de um profissional esta associada a cuidados pessoais, postura e vestuário. Procure investir em sua apresentação, cuide de sua aparência, invista em roupas para trabalhar e no dia a dia se preocupe com a sua postura. Seja ético e respeite as pessoas.

• Seja empreendedor. Tenha ideias e as coloque em prática. Procure pensar em formas diferentes de realizar as tarefas do dia a dia. Agregue valor ao seu trabalho. As mudanças em um primeiro momento nos tiram da zona de conforto, nos causam desassossego. Fique calmo, porque mais tarde percebemos que o novo é muito gratificante e nos faz crescer.

Por fim, caso você ainda esteja em dúvida se deve, ou não, buscar mudanças em 2014, acrescento uma citação atribuída a Steve Jobs, para reflexão. "Cada sonho que você deixa para trás, é um pedaço do seu futuro que deixa de existir". Pense nisso e desejo a você: ATITUDE!


sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

4 erros matadores no currículo de quem vai mudar de carreira



Alguns equívocos podem minar as chances de sucesso na mudança de carreira porque fazem o currículo perder relevância, segundo especialistas

São Paulo - Para ter sucesso em uma mudança de carreira, o profissional precisa apostar na sua capacidade estratégica. Se o primeiro passo é analisar a própria trajetória e o novo cenário, o segundo é estabelecer as medidas necessárias para conciliar a situação presente com o futuro desejado.
E neste ponto, a reformulação do currículo é, sem dúvida, uma das primeiras atitudes que devem ser tomadas. Mas é aí que muita gente acabada cometendo erros que vão minar as chances da tão sonhada colocação em outro setor ou área de atuação.

Exame.com consultou dois especialistas para saber quais são tropeços mais frequentes na hora de montar o currículo para quem busca novos horizontes profissionais:

1 Mudar apenas o objetivo profissional

“Muita gente acha que um mesmo currículo serve para tudo e hoje em dia não é assim. Esse é um erro comum e de fácil correção”, diz o coach Homero Reis. Mudar apenas o campo “objetivo profissional” não é adequar o seu currículo aos seus novos anseios de carreira.

O documento deve trazer, diz Reis, um conjunto de informações relevantes para o seu objetivo profissional. Alexandre Benedetti, gerente executivo de finanças da Talenses, concorda. “Se o profissional apenas muda o objetivo profissional e não organiza as informações no restante do documento ele não atrai a atenção”, diz.

2 Apostar em muitos detalhes para deixar o currículo maior

Na falta de experiências técnicas robustas na área desejada, o risco é adicionar informações irrelevantes para a função pretendida. Perder-se em detalhes e descrições de passagens da sua trajetória profissional aumenta as chances de não agradar

“As organizações esperam objetividade no currículo de todos os profissionais”, lembra Homero Reis. Ou seja, não é porque a situação é de mudança de carreira que a regra mais importante do bom currículo deva ser esquecida. “Ninguém tem mais paciência de ficar lendo um milhão de coisas”, diz Reis.

3 Não mencionar competências e habilidades ligadas à nova função

“Muita gente se esquece de mencionar experiências que tenham ligação com a nova função”, diz Benedetti. De acordo com ele, vale colocar competências técnicas e comportamentais, experiências e cursos relacionados à nova carreira. “Claro que depende do nível de carreira em que o profissional se encontra”, ressalta. Mas, em linhas gerais, as vivências ligadas à nova carreira devem ser colocadas no currículo. “Até um summer job”, diz Benedetti.

4 Deixar de colocar a razão da mudança de carreira
Por que uma pessoa de finanças está buscando uma posição na área de recursos humanos? Esta eventual dúvida do recrutador que lê o currículo deve ser respondida logo no sumário do documento, ou seja, aquelas 5 ou 10 linhas em que resumidamente o profissional se apresenta ao mercado

“Do ponto de vista do currículo para mudança de carreira compete à pessoa colocar um histórico ou a razão pela qual ela vai mudar de carreira no sumário”, diz Homero Reis.

Do contrário, o currículo pode perder a relevância. “Pode não chamar a atenção de quem está lendo”, explica Benedetti. 


Fonte: Exame Abril

quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Pesquisa revela como os jovens encaram a felicidade no trabalho





Jovens responderam quais fatores mais interferem no bem-estar profissional


No período de 16 de dezembro de 2013 e 3 de janeiro de 2014, o Núcleo Brasileiro de Estágios (Nube) realizou uma pesquisa para avaliar como o jovem encara a felicidade no trabalho. O levantamento, que teve como tema  "Para você, o que significa ser feliz no trabalho?", mostrou que o salário não é o fator mais relevante.

Um total de 7.791 votantes, de 15 a 26 anos, escolheu dentre as opções: “Alcançar altos cargos e ter status”, “Conseguir conciliar vida pessoal e profissional”, “Satisfação pessoal com seu desempenho”, “Ganhar muito dinheiro” e “Ter um relacionamento saudável com os colegas”.

Com 53,01% dos votos, a alternativa “Satisfação pessoal com seu desempenho” foi a grande preferida. Para Marcelo Cunha, analista de treinamento e desenvolvimento do Nube, quem a selecionou se sente motivado quando encontra, em sua rotina, tarefas desafiadoras dos próprios limites. “Esse perfil precisa ter confiança em relação às atividades atribuídas, ser competente para sua função e contar com um acompanhamento capaz de reafirmar sua credibilidade”, afirma.

Contrariando velhos paradigmas, a possibilidade com menor índice de aderência (2,35%) foi “Ganhar muito dinheiro”. Cunha justifica: “atualmente, a recompensa financeira é vista exatamente como consequência da performance profissional”. Portanto, o trabalho é encarado como necessidade de autorrealização e, o bem-estar econômico, como fruto natural dos bons resultados.

A segunda colocada, “Conseguir conciliar vida pessoal e profissional”, também teve peso significativo nos números, com 27,94% dos votos. Em terceiro e quarto lugar ficaram, respectivamente, “Ter um relacionamento saudável com os colegas” (9,87%) e “Alcançar altos cargos e ter status” (6,83%).

É perceptível: novos valores estão em jogo atualmente. Segundo Cunha, dentre eles estão o reconhecimento, imediatismo, curiosidade e busca por superação. “Esses aspectos são influenciados pela maneira como os jovens são criados hoje. Um bom exemplo são as redes sociais, pois reforçam a exposição e a procura por destaque", finaliza.


quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

O que deve - e o que não deve - ser feito em uma entrevista de emprego



Evitar clichês e gafes comuns pode fazer com que você garanta sua vaga

Numa entrevista de emprego não tem jeito: o que fica mesmo é a primeira impressão que o recrutador tem do candidato. E não se engane, pois tentar mudar esse "rótulo" inicial após um deslize é muito mais difícil. Por isso, é preciso ter vários cuidados para que detalhes não façam com que a vaga seja perdida.

Existem algumas frases clichês que deixam uma má impressão nos recrutadores – mas, para “fugir” delas, não é tão complicado assim. “Ser criativo é algo que conta muitos pontos. Porém, apenas dizer que é criativo, não. Quando a palavra é usada para se autodefinir, ela vira um adjetivo vazio” explica Madalena Feliciano, diretora de projetos da empresa Outliers Careers. Nesse caso, é melhor não dizer nada – se você realmente for criativo, o seu portfólio vai deixar isso claro, sem precisar de reafirmação.

Quando – e se - perguntado sobre os trabalhos anteriores, é preciso ser claro, conciso, e dizer apenas o necessário. “Fale por quanto tempo trabalhou em cada um deles, de quais projetos participou e quais competências desenvolveu por meio deles, sem ‘encher linguiça’”, diz.

Outra atitude comum nas entrevistas é o candidato dizer que está procurando novos desafios – que nada, ele está procurando um novo emprego, o entrevistador sabe disso. “Nessas horas é melhor dizer que está interessado no trabalho e que ele vai contribuir para o seu crescimento profissional, sempre demonstrando vontade de aprender coisas novas”, exalta Madalena.

Dica – e característica - importante para quem deseja conquistar a vaga é a de antecipar os possíveis problemas que podem acontecer. “Dizer que gosta de acompanhar os processos até o fim, sem deixar nada pela metade, e comentar, por exemplo, que é você quem planeja, cobra e marca as reuniões nos trabalhos na faculdade, pode contar alguns pontos a seu favor”, comenta Madalena.

Além disso, existem algumas atitudes que devem ser tomadas durante toda e qualquer entrevista. “Usar gírias, palavras chulas e gerúndio demais podem incomodar o entrevistador, assim como pessoas que falam alto demais”, alerta Madalena.

A especialista comenta que mentir nunca é uma boa opção, e chegar ao local da entrevista ansioso pode prejudicar a seleção. “É sempre bom descobrir o que faz a ansiedade diminuir, pode ser uma música, uma leitura, uma conversa descontraída...”.

Também é importante se informar sobre a empresa em que pretende trabalhar - visite o seu site e fique atento aos tópicos "valores" e "missão" – e se portar da forma que a empresa “pede”. “Não aja de modo mais ou menos formal do que o necessário. Antes da seleção, vá até a empresa(se for possível) ou ainda observe como as pessoas que trabalham lá se comportam. É dessa forma que você deverá agir”, ressalta a especialista.

E sempre, se restar alguma dúvida, não tenha medo de perguntar como você se saiu e se cometeu algum erro que possa corrigir no futuro. Se o entrevistador der essa abertura, essa é uma atitude válida – que pode contar pontos para conquistar esse emprego, ou para um emprego futuro, já que dessa forma você fica ciente dos possíveis erros que cometeu.


terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Empresas usam de faixas a redes sociais para contratar



Para empresas, redes sociais acabam facilitando o primeiro contato com os candidatos

Homem olha mural com vagas de emprego
São Paulo - Vale tudo na busca por novos profissionais. As estratégias vão de uma simples faixa na entrada da cidade ao mapeamento de candidatos pelas redes sociais. Há ainda aquelas empresas que preferem as indicações internas para o preenchimento das vagas ou a procura em comunidades e associações de cidades pequenas.


Na Support Cargo, empresa de transporte rodoviário, a escassez de profissionais no ABC Paulista - sede da companhia - levou a transportadora a buscar mão de obra no norte de Minas Gerais. "Como fazemos muito a rota São Paulo-Nordeste, escolhemos um meio-termo. Assim, o motorista pode parar em sua casa no meio da viagem", diz Antônio Wrobleski Filho, dono da Support Cargo. Segundo ele, para contratar os motoristas, a empresa tem usado faixas para anunciar as vagas. "Aparece muita gente, mas algumas pessoas não têm a menor condição de ocupar o cargo."

No caso de OLX, Dell Brasil e Pirelli, a alternativa foi recorrer às redes sociais. "Hoje temos três recrutadoras que fazem o mapeamento das funções e abordagem dos candidatos. No LinkedIn (rede social de contatos profissionais), elas fazem a análise do perfil do profissional", diz a gerente de Recursos Humanos da OLX, Cristiane Dantas.

Na Dell, as contratações por meio das mídias sociais quase se igualam àquelas feitas por meio de indicações, conta a gerente de aquisição de talentos da empresa, Miriam Kimura. Ela afirma que as redes sociais acabam facilitando o primeiro contato com os candidatos.

A Pirelli mantém os canais tradicionais, como o recebimento do currículo vitae, cadastro no site da empresa e consultoria de mão de obra. "Mas queremos contratar mais pelas redes sociais. É uma ferramenta importante", diz o diretor de Recursos Humanos da Pirelli, Giuseppe Giorgi. 

Fonte: Exame Abril

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

6 hábitos das pessoas resilientes






Escrevendo para o site Fast Company, Gwen Moran compartilha o que aprendeu sobre superar dificuldades e seguir em frente

No dia primeiro de abril de 2011 (ironicamente), Gwen Moran recebeu uma notícia inesperada: foi diagnosticada com câncer de mama. Como escritora freelance (carreira que ama) e uma família que dependia de sua renda, ela conta que passou aquele ano tentando equilibrar cirurgias, quimioterapia e radioterapia, com trabalhos, entrevistas e agendas de futebol dos filhos. A maioria de seus amigos e colegas pareciam surpresos com seu otimismo e a forma como se manteve ativa.

“O que mais eu poderia fazer?”, ela se pergunta. Ficar na cama não era uma opção adequada para a sua personalidade ou conta do banco. Para que se lamentar e escolher olhar o lado escuro das coisas? Gwen contribuiu em dois livros, dezenas de artigos e ainda terminou o ano com a notícia de sua saúde restaurada.

Desde então, ela afirma ser curiosa com relação às pessoas que perseveram durante momentos de provação, enquanto outros se desesperam ao menor sinal de crise. O que há em comum entre as pessoas resilientes, que continuam e se mantêm sóbrias diante das dificuldades? Gwen descobriu que existem semelhanças e que tais qualidades e características podem ser desenvolvidas. Aqui estão elas; veja como aproveitá-las, buscando construir resiliência em sua vida.

1. Cultivar relacionamentos

Pessoas que conseguem se recuperar de crises tendem a ter um sistema de apoio ao seu redor, segundo Michael Ungar, Ph.D. e co-diretor do Centro de Pesquisa em Resiliência da universidade Dallhousie, no Canadá. Quer esse sistema seja familiar, ou constituído por amigos, colegas ou mentores, possuir pessoas em que se pode buscar apoio é uma força em momentos de dificuldade e frequentemente faz a diferença. Essas pessoas dispostas a ajudar, e que realmente se importam, podem oferecer suporte emocional, profissional e orientação em geral, quando se está “perdido”.

2. Mudar de perspectiva com relação a dores passadas

Em 1976, Lorenn Walker foi atacada e quase morta por um desconhecido. Ela foi gravemente ferida e o estado de seu rosto exigiu cirurgia. Por meses ela se fechou em ressentimentos, até que, através de terapia, resolveu ver a situação de forma diferente. Hoje a advogada vê aquele momento como crucial para a sua carreira no que ela chama de “justiça ressarcitória”, que consiste em aconselhar prisioneiros e vítimas de violência, de forma a que eles alcancem paz com o passado e encontrem significado em suas vidas. O poder de ver a vida como você vê está em você mesmo, segundo Lorenn.

3. Aceitar as falhas

Paul LeBuffe ensina sobre resiliência como parte de suas funções como diretor do Centro para Crianças Resilientes de Devereux, na Pensilvânia. A instituição trabalha com educadores e profissionais da saúde mental para cultivar estas características nas crianças e jovens auxiliados. Sobre falhar, ele diz: “Se você não se dá a oportunidade de falhar às vezes e aceitar que isto faz parte da vida, você terá dificuldades em se recuperar de crises”. Sair com sucesso das falhas desenvolve a habilidade de permanecer otimista e saber que se as coisas não estiverem bem agora, eventualmente elas se encaixarão.

4. Possuir “várias identidades”

Se sua autoestima depende de um emprego e você é demitido, isto significa a perda de uma fonte de renda e também de grande parte de sua identidade, diz Ungar. Pessoas resilientes frequentemente cultivam senso de autoestima em várias áreas de sua vida, não deixando que este sentimento venham somente de uma delas. Praticar várias atividades ou construir vários relacionamentos em que há uma conexão e uma recompensa é uma estratégia para não perder de vista a sua identidade e senso de valor, que são fundamentais para lutar em meio a crises.

5. Praticar o perdão

Quer seja perdoar a si próprio por uma falha ou a alguém por uma injustiça ou atitude que lhe machucou, conseguir se libertar do passado e suas mágoas é fundamental para seguir em frente, segundo Walker. “Quando você se percebe ruminando coisas negativas e dores antigas você tem que parar e relembrar a si mesmo de que há sempre motivos para gratidão”, diz a advogada. Segundo ela, o perdão é uma habilidade, que deve ser praticada e aperfeiçoada a cada dia.

6. Manter um senso de propósito

LeBuffe diz que os resilientes têm um senso de propósito que os ajuda a analisar suas situações, pensando nos próximos passos. Isto vem de um sistema de valores próprio de cada indivíduo. Quando você sabe o que é importante, quer seja família, fé, dinheiro, carreira ou qualquer outra coisa, você consegue estabelecer o que é prioridade, dedicando atenção ao que vai lhe fazer voltar ao caminho certo, o qual lhe levará aonde você que ir. Isto vale para empresas também! Quando todos conhecem o objetivo final, fica mais fácil dar contribuições significativas. Assim, é preciso saber o que é importante pra você para poder agir.

sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Quais os direitos do profissional que pede demissão?



Especialista do escritório Mascaro Nascimento Advocacia Trabalhista dá detalhes sobre o que a lei prevê nos casos em que o funcionário pede demissão

* Resposta de Carla Blanco P. Núñez, advogada do escritório Mascaro Nascimento Advocacia Trabalhista 
O profissional que pede demissão tem direito a receber suas verbas rescisórias normalmente: o salário ou saldo de salário que falta, o décimo terceiro salário proporcional aos meses que trabalho, as férias vencidas, as proporcionais e 1/3 do valor das férias, calculado sobre as parcelas vencidas e/ou proporcionais (caso haja). 

Ele só não tem direito a receber a multa por dispensa sem justa causa de 40% do FGTS, nem o seguro desemprego, uma vez que foi sua a decisão de se desligar da empresa.

O pedido de demissão também não permite  que o funcionário saque o FGTS acumulado até o momento.

Contudo, ele não perde o dinheiro ali depositado (que continua rendendo juros e correção monetária).

Assim, ele pode resgatá-lo com três anos de fundo inativo, ou ainda antes, em casos de doenças graves, compra de casa própria, amortização de dívida, falecimento do trabalhador (neste caso pela família), entre outras hipóteses previstas nas regras do FGTS.

É importante destacar que existem também deveres do funcionário. Um deles, por exemplo, é dar o aviso prévio com antecedência mínima de 30 dias. Se ele optar por não trabalhar neste período, poderá ter o valor descontado do salário. 

quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Cinco maneiras de acabar com a paralisia profissional



Muita gente está insatisfeita com seu momento profissional, mas não consegue sair da situação. A explicação pode ser um mecanismo cerebral que causa uma paralisação diante das mudanças. Saiba como evitar essa armadilha

São Paulo - A sensação do profissional que se vê em um momento de paralisia de carreira pode não ser de insatisfação total, mas, sim, de incapacidade de buscar algo que considere melhor. Isso tem a ver com um mecanismo cerebral de preservação da espécie, que tenta nos manter longe de situações que ofereçam "perigos".
Em outras palavras, os neurônios preferem a zona de conforto. "Como consequência, em vez de correr riscos tentando algo novo, as pessoas procuram se livrar do sentimento ruim e voltar para o agradável, passando, por exemplo, a 'viver para o fim de semana' ", afirma o engenheiro Roberto Camanho, professor de planejamento estratégico da ESPM e um dos principais especialistas brasileiros em tomada de decisão do País.

"Porém, é importante saber que o cérebro é uma máquina de sobrevivência e garante que cada um sinta primeiro e só depois racionalize", afirma. Conheça, a seguir, cinco motivos que levam você a se esquivar de mudanças – e aprenda a lidar com isso.

Muitos caminhos possíveis

Escolher dentre muitas opções é difícil e, quando finalmente a decisão é tomada, são grandes as chances de não se sentir satisfeito. O psicólogo americano Barry Schwartz chama esse dilema de "paradoxo da escolha": há tantas opções, que as pessoas se sentem paralisadas pelo medo de escolher errado.

Como lidar

"Defina o que você valoriza na sua vida e transforme esses valores em critérios de decisão", diz Eliana Dutra, diretora da empresa de coaching Pro-Fit. Assim, o universo de opções já fica reduzido.

Para Roberto Camanho, especialista em tomada de decisão, mais difícil do que escolher é lidar com as consequências. Por isso, é importante buscar o que traz satisfação, e não o que há de melhor. "Procure o que é suficientemente bom", afirma Camanho.

Pensamento negativo
A mente humana evoluiu para priorizar a segurança diante de dúvidas que podem levar a perigos. Comentários negativos sobre o trabalho, por exemplo, ficam mais registrados na memória do que os positivos. Resultado: é comum ter mais consciência das falhas e fraquezas do que das qualidades e forças.

Como lidar

Ter medo de falhar na escolha do novo emprego é natural, mas é preciso entender que não dá para ter controle total do resultado. Segundo Eliana, uma boa opção é fazer uma pesquisa com amigos mais próximos, perguntando quais qualidades eles veem em você.

"Além disso, lembre-se das grandes mudanças na sua vida, como quando se tornou adulto ou quando se casou", diz. "Você sobreviveu a isso tudo."

Prioridade no agora

A mente orienta decisões para que você fique longe de desconfortos como ansiedade, dúvidas e inseguranças. Assim, a prioridade se torna fugir das reflexões necessárias para tomar decisões mais profundas. "Como conseguimos enxergar os impactos no curto prazo, damos preferência para ele", diz Roberto Camanho.

Como lidar

Para Eliana Dutra é importante que o profissional pergunte a si mesmo: o que de pior pode acontecer? Admitir o medo faz com que ele se naturalize. A partir disso, defina com clareza desejos e necessidades a serem atendidos no novo emprego, sabendo que, sim, você vai sentir medo.

Gosto por padrões lineares
A mente busca padrões em todos os lugares, levando as pessoas a ter a sensação de que só podem fazer o que sempre fizeram. Além disso, "temos medo do fracasso nos negócios e preferimos conviver com a sensação de uma realidade mais previsível", diz Camanho.

Como lidar

Converse com pessoas que passaram por momentos de mudanças em suas carreiras, mas busque tanto as que se deram bem quanto as que tiveram insucessos. Isso ajudará a “pensar fora da caixa” que você mesmo criou. Segundo Eliana, vale desconfiar de tudo o que se tem certeza para desenvolver a criatividade e perder o apego a padrões.

Confiança na mente

A tendência é confiar no primeiro pensamento que surge, que, geralmente, é o mais cômodo. Como lidar: Se a primeira barreira que a mente coloca é "estou muito velho para mudar de carreira" ou "estou seguro neste emprego (do qual não gosto)", ceder a ela pode não ser a melhor escolha. Considere outras possibilidades.

quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Profissional brasileiro não quer ficar acomodado em 2014, aponta pesquisa



Quase 70% dos que responderam ao questionário apontaram a acomodação como algo que não querem repetir este ano


Com a chegada de um ano novo é natural fazer promessas e evitar algumas posturas do ano anterior. Pelo menos no que se refere à carreira, o brasileiro já está bem seguro do que não quer fazer de novo em 2014: ficar acomodado.

Foi o que apontou pesquisa feita pela Catho, site de empregos do Brasil, no fim de 2013 com 416 profissionais. Quase 70% dos respondentes, empregados e desempregados, escolheram esta como a primeira opção à pergunta: o que você promete não repetir em 2014? Trabalhar em algo que não gosta ficou em segundo lugar no ranking, seguido por trabalhar muito além do horário.

O levantamento também quis saber o que o profissional espera da carreira este ano. Os trabalhadores empregados ficaram divididos entre mudar de emprego (50,2%) e equilibrar vida pessoal e profissional (50,2%). Receber um aumento (33,7%) e ser promovido (25,1%) eram os itens seguintes. Já os desempregados querem, naturalmente, conseguir um novo emprego (73,2%). Equilíbrio entre trabalho e vida pessoal também ficou em segundo lugar (53,5%), seguido de conquistar um cargo mais alto (19,7%) e abrir o próprio negócio (16,9%).

Depois da expectativa para 2014 e do que não repetir no ano que chega, a pergunta era sobre promessas: “Que compromisso você pretende assumir?”. A resposta principal para esta pergunta foi investir em qualificação profissional, tanto para empregados, quanto para desempregados.

A última pergunta era sobre a empresa dos sonhos. A valorização profissional ainda é o sonho buscado pela maioria. “Importante que esta valorização não é apenas financeira. Atualmente o funcionário quer se sentir útil e desafiado e perceber que a empresa vê valor naquilo que ele exerce”, ressalta Angélica Nogueira, gerente de RH da Catho.


terça-feira, 7 de janeiro de 2014

3 características essenciais para crescer na carreira





Confira quais são os traços pessoais que podem forjar sua ascensão profissional daqui para frente


São Paulo – Experiência e habilidades técnicas contam muito, é claro. Mas, na hora de subir um degrau na carreira, os traços comportamentais também entram na equação. 
Pensando nisso, a Escola Cultman entrevistou 97 executivos para saber quais as qualidades pessoais mais valiosas para a ascensão profissional. 

O resultado: comprometimento com a empresa, capacidade de comunicação e gestão de tempo foram os três atributos mais mencionados pelos profissionais. Entenda os motivos: 

Comprometimento

Em tempos de uma geração inteira pensando no tédio que é passar mais de um ano na mesma companhia, as empresas querem gente capaz de vestir a camisa, de fato. 

É esse sentimento que gera “a responsabilidade pessoal não só com as próprias atribuições, mas com o resultado da empresa”, diz Rogério Boeira, fundador da escola. 

Comunicação

Neste ponto, não é necessário ter habilidade oratórias dignas de Steve Jobs. Mas, é preciso ser claro ao passar informações adiante, preciso em sua comunicação não verbal e empático na hora de dar feedback. 

“As respostas devem ser sempre equilibradas e proporcionais”, exemplifica o especialista. 

Gestão do tempo

Por fim, aprender a controlar a própria agenda é outro atributo básico para a ascensão profissional. A explicação é até óbvia: só com uma boa administração do tempo é possível dar vazão para todas suas outras qualidades e, consequentemente, ter um bom desempenho. 

Agora, veja, em mais um dos vídeos de carreira, o que pesa para um recrutador na hora de contratar: 
























segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Para ser bem-sucedido, descanse




Se você já gasta 100% de seu tempo trabalhando e não alcançou o padrão de vida que deseja, está com um sério problema em suas mãos

As pessoas acreditam que alcançarão o sucesso somente se trabalharem cada vez mais. Entretanto, a cada novo patamar superado, descobrem que ainda não chegaram lá e resolvem aumentar a carga. Até o ponto no qual estão exaustas. Praticamente não descansam.

Se você já gasta 100% de seu tempo trabalhando e não alcançou o padrão de vida que deseja, está com um sério problema em suas mãos. Isso porque já não há mais horas disponíveis para dedicar ao trabalho e, portanto, para aumentar sua renda. Nesse caso, por mais improvável que pareça, a solução é trabalhar menos, para que sobre tempo para refletir a respeito do que fazer.

Existem muitos estudos que mostram a importância do descanso para o aumento da produtividade. Entretanto, muitos indivíduos ainda relutam em aceitar o fato de que precisam descansar para produzir mais e ter a vida que tanto desejam.

A causa disso é que a pessoa não vê o período de descanso com a mesma dedicação que as horas destinadas à profissão. Na verdade, mesmo quando está fora da empresa, sua mente continua a pensar no trabalho. Desse modo, se esquece das outras esferas da vida, como: família, amigos, amor e, principalmente, de si mesma.

A solução está em ver o descanso com o mesmo comprometimento que tem no trabalho. Assim como há um planejamento para todas as áreas da empresa, ter um plano para suas férias.

Primeiro, defina os lugares onde gostaria de estar. Pense se prefere praia, campo ou cidade. Ou ainda uma mistura de todos esses ambientes. Depois, defina com quais pessoas você deseja se encontrar nesse período. A propósito, é válido ter um tempo para ficar só. E, por último, sobre quais assuntos está disposto a refletir e conversar. Aliás, não pensar em nada é sempre uma opção válida.

É claro que, ao planejar com antecedência, você economizará na compra da passagem e hospedagem. Mas também desenhará um descanso muito mais interessante, pois estará de acordo com o que você gosta de vivenciar.

Não negligencie seu repouso. Em suas férias, você pode encontrar mais insights e soluções para sua vida do que imagina. E, acima de tudo, adquirir uma compreensão maior de que você não é um “fazedor humano”. Mas, sim, um “ser humano”.

Vamos em frente!


quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Artigo: não existe conflito de gerações. O problema está na liderança



Um conflito ocorre quando temos opiniões divergentes, defendemos causas opostas ou queremos coisas diferentes

Nos últimos cinco anos, convivi de perto com esse tão aclamado discurso sobre o conflito de gerações no mercado de trabalho. Confesso que durante algum tempo me convenci que esse fenômeno realmente existia e me dediquei a trabalhar esse conflito nas organizações.Mas a experiência e as inúmeras conversas com os profissionais das mais diferentes gerações me ajudaram a clarificar a percepção e concluo, sem qualquer receio: o conflito está na liderança.

Um conflito ocorre quando temos opiniões divergentes, defendemos causas opostas ou queremos coisas diferentes. Analise um cenário comigo: A famosa Geração Y foi amplamente estudada e alguns conceitos se apresentaram sobre o perfil desses jovens.

Chegou-se a conclusão que tal geração deseja trabalhar em uma empresa que lhes proporcione reconhecimento, oportunidade de crescimento, metas claras e desafiadoras. Além disso, querem sentir-se parte e, a partir do seu trabalho, conquistar um padrão de vida superior.  

Também fica claro que é uma geração que não aceita trabalhar insubordinada para qualquer um, não aceita a maioria das regras, procedimentos e planos de carreiras fantasiosos que as empresas praticam e não pretendem ficar anos na mesma corporação só para um dia, talvez, subir de cargo. Face a isso, reflita comigo: a Geração X quer alguma coisa diferente disso? É claro que não! Todos, independentemente da geração, queremos uma empresa que nos valorize, que nos dê oportunidade de aprender, crescer e contribuir e que, acima de tudo, reconheça a minha atuação e os resultados conquistados.

A nova geração de profissionais quer mais das organizações do que as gerações passadas. Uma pessoa com 50 anos hoje pensa, deseja e age diferente de uma pessoa que tinha esta mesma idade há 20 anos.

Logo, a empresa que construir um ambiente saudável, que permita às pessoas serem elas mesmas e colocar o seu melhor em jogo, certamente não terá conflitos.Ouço dizer inúmeras vezes que a Geração Y é menos comprometida com as empresas e mais focada em suas carreiras, que não respeitam a hierarquia e que não valorizam as oportunidades oferecidas. Concordo que muitos profissionais são assim, mas não apenas as gerações mais jovens. A Geração Y é tão descontente com as empresas quanto a X ou qualquer outra geração.

A questão é que as pessoas com mais idade, naturalmente, assumiram mais responsabilidades na vida – pagam aluguel, têm filhos, sustentam uma família – logo, não podem perder o emprego.As gerações são diferentes, mas não nos seus anseios e, sim, nas suas competências, no seu modo de ser e agir. Você, líder de uma geração mais jovem, deseja a mesma coisa que eles. A questão é que a vida lhe trouxe maturidade, experiência, conhecimento, virtudes que lhe permitem agir com maior ponderação e assertividade.

E hoje, na liderança, você se depara com profissionais que desejam chegar no seu patamar, mas que possuem, é claro, um tempo de vida que não lhe permitem enxergar o que você (hoje) enxerga.Portanto, uma pergunta se faz fundamental: onde está o conflito de gerações? O conflito está na liderança, na maneira como eu compreendo as inevitáveis diferenças e ajo diante delas.

O conflito é minimizado ao passo que você investe em duas ações cruciais na organização:

1.  Invista na educação das pessoasIsso mesmo, na educação!

Nós, líderes, precisamos compreender que estamos diante de um déficit educacional no Brasil. As escolas nunca foram tão precárias, logo, os jovens saem do ensino básico sem aprender o básico. As universidades formam técnicos sem qualquer noção de mercado e visão de carreira. Os pais, cada vez mais ausentes, terceirizaram a educação de seus filhos. Como consequência, os jovens chegam ao mercado de trabalho cada vez menos preparados cientificamente, profissionalmente e, principalmente, moralmente.

Então, compreenda que o líder que não dedicar tempo e energia na educação dos jovens profissionais continuará reclamando e colhendo os frutos de uma gestão que não acompanha as mudanças. Permitam-me não entrar na discussão se educar é papel ou não do líder, mas não posso me furtar em dizer que, independentemente se você concorda ou não, educar as pessoas é uma atribuição que você não pode deixar de exercer com afinco.

O tempo que você dedicar ensinando as pessoas sobre carreira, mercado, estratégia, resolução de problemas retornará a você como resultado. A energia que você dispensar participando as pessoas das decisões será recompensada com o engajamento. O seu desprendimento em dar feedback, elogiar, reconhecer, conversar será valorizado com a evolução do seu time. Agora, se você me perguntar qual é o maior de todos os ensinamentos que você pode trazer para as pessoas, eu elegeria um como primordial: VALORES.

Quanto mais firmes estivem os valores de uma pessoa, mais claro estarão para ela os motivos pelos quais vale a pena se entregar a um projeto, a uma empresa e quão gratificante é lutar por alguma coisa que se acredita.

2. Invista na evolução da sua gestão

O modelo de gestão da empresa e a maneira como a liderança dissemina essa cultura são os maiores causadores dos conflitos internos, principalmente nas organizações que operam por processos rígidos e que possuem uma hierarquia engessada, que desmotiva uma geração (independentemente da idade) que deseja liberdade de atuação e participação.

As empresas precisam se reinventar e quebrar os padrões hierárquicos que inibem uma participação ativa e engajada. As pequenas e médias empresas saem na frente nesse quesito devido a sua estrutura enxuta e conseguem oferecer uma participação mais efetiva e colaborativa, pois a facilidade de administrar os processos e decisões permite aos profissionais envolverem-se em diversas áreas e setores da organização, podendo, inclusive, serem ouvidos nas decisões.

O grande choque é cultural, pois a liderança e, como consequência, as organizações, não evoluíram na velocidade que o mundo corporativo e as novas gerações têm exigido.

Por fim, esteja perto do seu time. A distância aumenta o conflito e afasta qualquer possibilidade de alinhamento de pensamento e valores. Faça valer a sua experiência e conquiste as pessoas. Você, líder, seja um coach para a sua equipe. Transmita experiências e extraia o melhor de cada um, permitindo a eles participar, contribuir e crescer.